Análise sintática - fantasma 1: o caso do "o que"

FANTASMA 1 - O caso do “O QUE”

Pergunta de uma aluna:

“Na construção ‘O que fiz estava certo’, qual seria a função do ‘O’? Eu vi, no gabarito de uma prova, a afirmação de que este ‘O’ seria um sujeito. Procede? Achei estranho.

É sim.

A dificuldade de análise está na construção com o pronome substantivo demonstrativo “o”, seguido do relativo “que”.

São duas orações, já que há dois verbos. A divisão do período em orações seria assim: [“(1) O [(2) que fiz] estava certo.”]. Teríamos, então, o sujeito “O [(2) que fiz]”, com o pronome demonstrativo “o” equivalendo a “aquilo”, [“(1) Aquilo [(2) que fiz] estava certo.”] e sendo o núcleo do sujeito.

Seu predicado é “estava certo”. Confirma-se com a clássica perguntinha: “O que estava certo?” E a resposta surge sem dúvida: [“(1) O [(2) que fiz]...”  

A segunda oração, [(2) que fiz], funciona como um adjunto adnominal do núcleo do sujeito, especificando “qual aquilo” ou “qual o” estava certo.

Lembramos que sujeito e outras funções sintáticas são apenas termos que estruturam os segmentos oracionais, e, por isso, nem sempre são entendidos, em sua clareza, do ponto de vista semântico.

Até o próximo “fantasma”! 


Turma 19 do Curso à distância de Formação em Revisores

Estamos confirmando a 19a turma do "Curso à distância de Formação em Revisores e Atualização em Língua Portuguesa", que, assim, contempla uma larga revisão do programa de Língua Portuguesa, incluindo Ortografia, Pontuação, Conjugação verbal, Coesão e coerência, Concordância, Regência, Crase, Emprego de pronomes relativos, demonstrativos e pessoais, e outros mais.
Esta turma começará em 21/5, com uma pré-aula, em que falaremos do uso do Skype para os encontros on-line (que podem ser gravados), mostraremos o calendário e os itens do programa e explicaremos toda a dinâmica dos exercícios e avaliações.
A Aula 1 está marcada para o dia 23/5, e o curso se estende até julho. O investimento é baixo, apenas R$ 300 para 11 encontros, mais de 350 slides, cerca de 600 exercícios com gabaritos e comentários, além de 10 avaliações corrigidas e, também, comentadas.
Outras informações podem ser encontradas no site <www.professorozanirroberti.com.br>, na página "Cursos" e no blog (matéria de 6/4).
Caso você não possa fazer o curso agora, agradecemos sua divulgação.
Qualquer dúvida, faça contato.
Abraços.
Ozanir Roberti


Turma 19 do Curso à distância de Formação em Revisores

Estamos lançando a 19a turma do "Curso à distância de Formação em Revisores", que, na verdade, contempla uma larga revisão do programa de Língua Portuguesa, incluindo Ortografia, Pontuação, Conjugação verbal, Coesão e coerência, Concordância, Regência, Crase, Emprego de pronomes relativos, demonstrativos e pessoais, e outros mais.
Nossas aulas começarão em 20/5, com uma pré-aula, em que falaremos do uso do Skype para os encontros on-line (que podem ser gravados), mostraremos o calendário e os itens do programa e explicaremos toda a dinâmica dos exercícios e avaliações.
A Aula 1 está marcada para o dia 23/5, e o curso se estende até julho. O investimento é baixo, apenas R$ 300 para 11 encontros, mais de 500 slides, cerca de 600 exercícios com gabaritos e comentários, além de 10 avaliações corrigidas e, também, comentadas.
Outras informações podem ser encontradas no site <www.professorozanirroberti.com.br>, na página "Cursos" e no blog (matéria de 4/4).
Caso você não possa fazer o curso agora, agradecemos sua divulgação.
Qualquer dúvida, faça contato.
Abraços.
Ozanir Roberti


Turma 6 do Curso de Atualização em Análise sintática

Lançamento da 6a turma do Curso de Análise sintática (agora à distância)

Nossa próxima turma - a 6a - do "Curso à distância de Atualização em Análise sintática" terá início em 24 de abril de 2019. Serão, conforme programa e calendário, 10 semanas, com módulos definidos a cada período - slides, exercícios de fixação, gabaritos e testes.

Tal intervalo semanal é para o amadurecimento do aprendizado, feitura dos exercícios, conferência do gabarito e realização da prática de análise individualizada, corrigida e avaliada a cada segmento.

Além disso, haverá, a cada semana, uma hora de aula por skipe, com horário previamente determinado - a princípio, quartas-feiras, às 19h (horário de Brasília). Essas aulas podem ser gravadas.

Caso haja necessidade de algum esquema especial, para suprir uma perda ou urgência, podemos estudar uma mudança e conferir um tratamento diferenciado.

O investimento está definido em R$ 300, quitado por meio do PagSeguro, que será ativado no próximo dia 4/4, ou depósito bancário. As matrículas se estenderão até o dia 17 de abril ou quando se encerrarem as vagas.

Fique à vontade para me escrever (<contato@professoozanirroberti.com.br>) a fim de obter outras informações.

Abraços.

Ozanir Roberti


O verbo "costumar" e a locução verbal

Pergunta

 Boa noite, professor.

Dúvida:

Na construção: “Ele levantou duas objeções que geralmente se costumam fazer.”

O sujeito de “COSTUMAM FAZER” é o “QUE”?

Resposta e explicação

Deve-se seguir a primeira análise.

Considerando "costumam fazer" como locução verbal, o que é muito comum na língua falada, a resposta seria “sim”, e a explicação é a seguinte: como o verbo principal, “fazer”, é transitivo direto, a presença do “se”, atuando como apassivador, transforma o OD em sujeito passivo. Equivale a:

“Ele levantou duas objeções / que geralmente costumam ser feitas.”

O pronome relativo “que” retoma “duas objeções”, e a leitura da segunda oração seria “duas objeções costumam ser feitas”

A maioria dos livros e dicionários costuma não recomendar essa linha de análise.

Vamos a uma segunda análise:

Não é a que se deve seguir, pois teria de imaginar um erro de concordância verbal.

A outra opção que poderia ser considerada é a impossibilidade de o verbo “costumar” formar a locução verbal (mais comum em livros e dicionários), o que o obrigaria a vir o singular:

“Ele levantou duas objeções / que geralmente se costuma / fazer.”

Então, o sujeito de “costumar” seria a oração seguinte (a do verbo “fazer”). Sendo um sujeito oracional, justifica-se o “costumar” na 3ª. pessoa do singular. E o pronome relativo “que” ainda retomaria “duas objeções”, agora, como objeto direto de “fazer”. Veja que a leitura seria a seguinte: “geralmente se costuma fazer duas objeções”.