4) Para escrever bem, é preciso seguir a regência tradicional, a mais indicada nos dicionários.
a) Este blog preza pela verdade.
b) Assista o jogo de hoje no meu canal.
c) Esqueça de seus problemas.
d) Aqui nós comentamos sobre todos os assuntos.
e) A sua é uma opinião que eu gostei muito.
f) Essa é a forma com que tal situação deve ser tratada.
g) O incidente que passou a família foi bem grave.
h) No nosso restaurante, o amigo turista pode sentar-se na mesa.
i) Informo a vocês que a solução será discutida a nível da direção.
j) Está na hora dos seguidores prestarem mais atenção ao que indicam os astros.
As regências, em geral, têm regras que se baseiam na tradição, mas, no português brasileiro, as tradições nem sempre são seguidas:
Veja, no próximo story, uma explicação adequada a cada um desses casos!
a) Este blog preza pela verdade. – “prezar” não rege preposição; é possível que essa forma exista devido à contaminação pela construção com o verbo “primar”: “Este blog prima pela verdade.” O texto original deveria ser: “Este blog preza a verdade.”
b) Assista o jogo de hoje no meu canal. – “assistir”, quando tem o sentido de “ver”, rege preposição “a”: “Assista ao jogo de hoje...”
c) Esqueça de seus problemas. – “esquecer” não pede “de”; quem rege “de” é o verbo “esquecer-se” (com pronome); portanto: “Esqueça seus problemas” ou “Esqueça-se de seus problemas”.
d) Aqui, nós comentamos sobre todos os assuntos. – “sobre” existe com o verbo “falar”: “Aqui, nós falamos sobre todos os assuntos.” Já “comentar” é verbo transitivo direto, não pede preposição alguma: “Aqui, nós comentamos todos os assuntos.”
e) A sua é uma opinião que eu gostei muito. – “gostar” pede um “de”, que tem de ser colocado antes do “que”: “A sua é uma opinião de que eu gostei muito.”
f) Essa é a forma com que tal situação deve ser tratada. – quando a ideia for de modo, é melhor utilizar o pronome relativo “como”: “Essa é a forma como tal situação deve ser tratada.”
g) O incidente que passou a família foi bem grave. – o verbo “passar” rege a preposição “por”; então, o certo é “O incidente por que passou a família foi bem grave.”
h) No nosso restaurante, o amigo turista pode sentar-se na mesa. – depois de “sentar-se”, não se deveria escrever “na mesa”, mas, sim, “à mesa”, pois a ideia é não é “em cima da mesa”, mas “junto à mesa”: “No nosso restaurante, o amigo turista pode sentar-se à mesa.”
i) Informo a vocês que a solução será tratada a nível da direção. – a expressão “a nível de” é um modismo; assim, não deve ser usada; é melhor escrever “Informo a vocês que a solução será discutida pela direção.”
j) Está na hora do seguidor prestar mais atenção ao que indicam os astros. – apesar de alguns autores aceitarem essa construção, como “o seguidor” é o sujeito do infinitivo “prestar”, deve ser separado da preposição; o certo é: “Está na hora de o seguidor prestar mais atenção ao que indicam os astros.”
Informações e inscrições em contato@professorozanirroberti.com.br e www.professorozanirroberti.com.br
Que tal aprender esse conteúdo devidamente?
Novas turmas dos Cursos on-line de “Formação em revisores” e de “Produção ‘Textual”, com o Prof. Ozanir Roberti! Inícios em 4 e 6/1. Pouco depois, virá uma nova turma do Curso básico de Análise Sintática.
Informações e inscrições em contato@professorozanirroberti.com.br e www.professorozanirroberti.com.br
Acompanhe meus vídeos no YouTube em https://www.youtube.com/watch?v=Ph3tQl0airQ