Pílula do dia 29/3
Pergunta:
Boa noite, mestre querido! Estudando agora há pouco com meu filho, encontrei uma grafia no mínimo estranha da palavra "revelar". Não encontrei nada que explicasse o hífen no novo acordo. Está correta a palavra? Beijos e obrigada! (Pat Martins)
Resposta:
O prefixo “re”, que realmente apresentava hífen em alguns casos apresentava hífen obrigatório (veja este exemplo: era “re-ratificação”), foi simplificado. Agora, ao lado de outros como “a”, “an”, “co”, “con” e “des”, o “re” sempre se escreve junto: reorganizar, rerratificação...
Aliás dos cinco citados como iguais ao “re”, só me lembro de uma exceção: “a-histórico”
Observação:
Imaginei... não via sentido neste hífen. Inacreditável que esteja escrito em um livro de história! O revisor deve ter dormido rs
Espero que esteja tudo bem
Beijos e obrigada! (Pat Martins)
Não foi isso. Em 2009, algumas editoras quiseram se antecipar ao texto do acordo que só foi fixado após setembro. Assim prepararam seus livros antes de ele estar totalmente definido. Você encontra erros com esse prefixo até em livros de português.
Pílula do dia 30/3
Professor, me tira uma dúvida?
A nomenclatura oculto desapareceu? Ou pode-se usar sujeito oculto ou desinencial?
(Marcela Delgado)
É tudo uma questão de nomenclatura diferente, particularizada.
Antigamente, chamavam de “sujeito oculto”. Com o estruturalismo, apareceu o nome “sujeito desinencial”. No tempo intermediário, apareceram outros nomes, como elíptico, subentendido, implícito. Apesar de a Nomenclatura Gramatical Brasileira não ser perfeita, ainda é a mais simplificada, chama esse tipo de sujeito de “simples”.
Afinal, não existe diferença de compreensão para a identificação do sujeito nas orações “Eu comprei um livro” e “Comprei um livro”. Tanto faz chamá-lo de “oculto” ou “desinencial” ou “simples”. Ou ainda “implícito” ou “subentendido”.
E os coitados dos alunos é que sofrem com a mania dos professores de língua portuguesa, os quais, mal orientados, acabam exigindo nomes diferentes a cada série.