Turma 2 do "Curso à distância de Produção Textual"

Estamos lançando a segunda turma do "Curso à distância de Produção Textual ", que, assim, contempla uma formação básica na atividade de escrever.

Nele, estudaremos as modalidades textuaisdescrição, narração e dissertação – nos vários gêneros comuns aos dias de hoje

Ainda faremos uma larga revisão gramatical como apoio ao ato de redigir, passando por pontuação, emprego de pronomes demonstrativos, adequação vocabular, ortografia, conjugação verbal, coesão, coerência, concordância, regência, crase, emprego de pronomes relativos e pessoais, além de outros mais.
Esta turma começará em 28/11, com uma pré-aula, em que falaremos do uso do Skype para os encontros on-line (que podem ser gravados; permitindo que sejam vistos pelo aluno quando quiser e quantas vezes desejar). Mostraremos, também, o calendário e os itens do programa, e explicaremos toda a dinâmica dos exercícios e produções textuais.
A Aula 1 está marcada para o dia 5/12, e o curso se estende até o final de fevereiro. O investimento é baixo, apenas R$ 300 para 11 encontros, mais de 300 slides, cerca de 500 exercícios com gabaritos e comentários, além de 10 produções textuais corrigidas e, também, comentadas.
Outras informações podem ser obtidas com o próprio professor <contato@professorozanirroberti.com.br>.
Caso você não possa fazer o curso agora, agradecemos sua divulgação.
Qualquer dúvida, faça contato.
Abraços.
Ozanir Roberti


Vida de revisor é difícil 6!

1)      Professor, em “O Rio de Janeiro que é uma cidade violenta, precisa de melhor governante”, falta alguma vírgula?

Resposta: Falta sim, antes do “que”, pronome relativo. Esse conectivo inicia uma oração adjetiva. Como a cidade do Rio de Janeiro é uma só, e ela é a cidade violenta, temos, nessa oração, um valor explicativo. Sendo assim, ela tem de vir entre vírgulas. Claro que se podia ter uma restrição, mas seria querer demais do estilo do escritor. A dúvida acontece porque, na língua falada, é muito clara a pausa existente antes do segundo verbo (“precisar”), mas não a primeira, antes do “que”. No caso de ser uma restrição, não pode haver pausa antes do “que”, mas, ainda assim, há uma pausa antes da forma verbal “precisa”. Na língua escrita, a diferença é que, nas explicativas, existem as duas pausas marcadas por vírgulas, enquanto, nas restritivas, há uma pausa, mas não existe vírgula alguma.


Vida de revisor é difícil 5!

1)      Professor, está correta a locução usada na frase “O jogo teve seu final contestado, à medida em que houve sérias polêmicas”?

Resposta: Não! Seria certo escrever “na medida em que”, que equivale a “porque”, “visto que”, “uma vez que”, dando ideia de causa (ou explicação). A outra forma seria “a medida que” (sem o “em”), que introduz uma ideia proporcional, ou seja, que uma ação que aconteça numa mesma proporção que a outra “O jogo teve seu final cada vez mais contestado, à medida que aumentavam as sérias polêmicas.”


Vida de revisor é difícil 4!

1)      Professor, li, numa manchete de jornal, o seguinte: “Câmara reaviu antigo projeto.” É correto? Ou é reaveu?

Resposta: Não! Também não! Fui ler a matéria e vi que o verbo a ser usado era “reaver”. No primeiro caso, o erro aconteceu porque, por engano, seguiram o verbo “ver”. A segunda opção errada ocorre devido ao fato de o verbo “reaver” ser conjugado como regular, seguindo o modelo da segunda conjugação, “vender”. Existe uma espécie de regra geral que orienta a conjugação dos verbos irregulares: “verbos derivados seguem os primitivos”, e, na verdade, o verbo que serve de modelo é “haver”, uma vez que “reaver” significa “haver ou ter novamente”, daí a sinonímia com “recuperar”, “retomar”. O erro se torna mais comum devido ao fato de não termos o hábito de conjugar normalmente o verbo “haver”, pois quase sempre o usamos com o sentido de “existir”, o que o faz se manter na terceira pessoa do singular. Mas, a regra é clara: “reaver” se conjuga como “haver”; portanto, “reouve”, como “houve”: “Câmara reouve antigo projeto.”


Vida de revisor é difícil 3!

Professor, este “porque“ está certo? “Sei porque ela não veio à aula.”

Resposta: Ainda aparece na pergunta que, após consultar alguns sites sobre o assunto, vira que “por que” separado só em perguntas. Esses sites não merecem confiança. A explicação é clara. Tentam explicar o uso da palavra “porque” e da combinação da preposição “por” com o pronome “que” (logo, “por que”) como se fosse algo fácil. Não é! Nesse exemplo, temos a segunda forma, uma preposição “por” e um pronome substantivo “que”. Pode-se ver isso substituindo a combinação “por que” por “por que motivo”. Se tivéssemos um verbo de valor interrogativo, por exemplo, “perguntar”, não haveria problema, e todos escreveriam “Perguntei por que ela não veio à aula.” Trata-se de uma oração justaposta, que completa, como objeto direto, um verbo transitivo direto (“Sei” / “Perguntei”), e o “por que” tem a função de adjunto adverbial de causa do verbo “vir”.